poder da informaticca

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poder da informaticca

Podemos indagar se essa mudança tecnológica realmente representa democratização da informação. De fato, na sociedade contemporânea, a posse de informações (científicas, técnicas, econômicas, políticas, militares) é posse de poder. Os computadores são centros de acumulação de informações; portanto, são centros de poder.

Alguns estudiosos propõem a expressão "sociedade informática" para designar a sociedade contemporânea, na qual todas as esferas da vida pública e da vida privada estão cobertas por processos informatizados e por inteligências artificiais. O problema é saber quem tem a gestão de toda a massa de informações que controla a sociedade, quem utiliza essas informações, como e para que as utiliza. Em outras palavras, o problema não está em quem sabe e quem não sabe operar um computador (isso se resolve facilmente com treinamento), e sim em quem tem e quem não tem o poder para armazenar e utilizar informações adequadas.

No livro O que é informática?, o pesquisador Ângelo Soares explica que, colocado em rede (a web), cada computador é um ponto de concentração de poder; a interligação desse conjunto de computadores acaba formando uma "teia" de poder que permeia toda a sociedade. Dessa maneira, a informática pode ser vista como um instrumento que propicia o controle da vida das pessoas, em razão de seu alto grau de concentração das informações e da alta velocidade com que elas são propagadas. Em poucos segundos, pode-se ter acesso a bancos de dados que concentram um número muito grande de informações e obter, de qualquer parte do mundo, várias informações sobre determinado assunto ou pessoa.

Dessa maneira, podemos apontar os três maiores perigos da acumulação e da distribuição de informações:

1. o poder de controle sobre as pessoas, porque, com informações parciais e dispersas recolhidas em vários arquivos, é possível gerar novas informações que sistematizam as primeiras. Isso permite reconstituir hábitos, interesses e movimentos das pessoas, como é o caso da reconstituição das ações de alguém por meio das centrais telefônicas, que podem dizer para quem alguém telefonou, quantas vezes, por quanto tempo, etc. Dessa maneira, as pessoas podem ser controladas pelos poderes públicos (como o poder policial e o militar).